terça-feira, 22 de setembro de 2015

Resenha Crítica - Anjos da Morte


Olá, hoje venho com a resenha do livro Anjos da Morte - Filhos do Éden, o segundo livro da trilogia escrita por Eduardo Spohr. Espero que gostem!



Sinopse:

Quando o século XX raiou, o tecido da realidade, a barreira mística que separa os mundos físico e espiritual, adensou-se. Os novos meios de transporte, as ferrovias e os barcos a vapor levaram o progresso aos cantos mais distantes do globo, pervertendo os nódulos mágicos, apagando o poder dos velhos santuários, afastando os mortais da natureza divina.

Isolados no Sexto Céu, incapazes de enxergar a terra justamente pelo agravamento do tecido, a casta dos malakins, cuja função é estudar e catalogar os movimentos do cosmo, solicitou ao arcanjo Miguel a criação de uma brigada que descesse à Haled para pesquisar os avanços da civilização. O príncipe ofereceu o serviço dos exilados, que há milênios atuavam na sociedade terrestre, alheios às batalhas que se desenrolavam no paraíso.

Destacados, então, para servir sob as ordens dos malakins, esses exilados foram reorganizados sob a forma de um esquadrão de combate. Sua tarefa, a partir de agora, seria participar das guerras humanas, disfarçados de meros recrutas, para anotar as façanhas militares, as decisões de campanha, e depois relatá-las aos seus superiores celestes.

Esse esquadrão tomou parte em todos os conflitos do século XX, das sangrentas praias da Normandia ao colapso da União Soviética. Embora muitos não desejassem matar, era exatamente isso o que lhes foi ordenado, e o que infelizmente acabaram fazendo.

Em paralelo às aventuras de Denyel, que se desenrolam cronologicamente de 1944 a 1989, acompanhamos também, no tempo presente, a jornada de Kaira e Urakin em busca do amigo perdido, que caíra nas águas douradas do rio Oceanus, durante a destruição da ilha-fortaleza de Athea em Herdeiros de Atlântida.

Ano: 2013
Autor: Eduardo Spohr
Editora: Verus

Resenha:

Pra quem leu a resenha de Herdeiros de Atlântida, o primeiro livro da trilogia, sabe o quanto eu fiquei ansiosa por esse livro. Principalmente por causa daquele final. Bem, com um pouco de demora, finalmente consegui ler o que eu esperava ser ainda melhor que o primeiro.

Anjos da Morte é brutal, essa é uma boa palavra para descrever esse livro. Ele tem como foco contar a história de Denyel, o passado tortuoso do anjo que viveu e lutou como homem, sem esquecer-se do coro, comandado por Kaira, que estão no presente cumprindo uma missão e indo resgata-lo.

Denyel é definitivamente o anjo mais humano que eu já vi, mesmo sendo um querubim, uma casta guerreira baseada em sua honra, ele aprende a lutar e a viver como um mortal, sendo obrigado a lutar nas guerras humanas, cumprindo ordens dos Malakins.

Spohr conseguiu mostrar os efeitos da guerra nas pessoas, o que ela traz e tudo o mais, além de nos situar geograficamente e historicamente, além de sociologicamente.

Eu fiquei empolgada durante a leitura, torci e temi pela segurança dele, comemorei os feitos e reprovei alguns, igual a como estivesse assistindo a um bom filme de guerra, de ação.

Mas é com todos os efeitos que ele nos mostrou que vemos como o homem realmente é, a crítica que ele faz a nossa sociedade é severa e verdadeira. Faz com que fiquemos com medo do que ainda pode vim.

Às vezes eu ficava ansiosa para "os dias atuais" outras vezes para "voltar ao passado", isso acontecia por caso do suspense que se criava no fim de cada capítulo, chegava naquela tensão máster em um e quando ia ver, no outro capítulo, não continuava, ia direto a outros personagens. Veja bem, isso não é nem uma crítica ruim, é só um comentário, porque gente, foi angustiante certos momentos.

A leitura desse livro é bem mais simples e rápida, em certos momentos fiquei com dificuldade em imaginar certas cenas, mas isso foi um problema meu, acontece que não tenho muitas experiências com livros de guerra, nem é o meu gênero de filme preferido, então como imaginar a cena da morte de um inimigo se nunca vi algo parecido? Mas nada era fantasioso de mais ou de menos, era apenas a realidade escrita para a literatura.

Eduardo Spohr prova com esse livro o porquê de ser considerado um dos grandes nomes dos escritores contemporâneos brasileiros. Eu fico apenas no aguardo do terceiro livro que ainda será lançado.

Nota: 9 estrelas ★
Resenha feita por: Thuane Ingred

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